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Planejamento Logístico na transportadora: o que é e como realizar?

Planejamento logístico na transportadora.
Technician using digital tablet in server room

Você tem um planejamento logístico bem detalhado das atividades da sua transportadora?

Se a sua resposta é “não” ou você não tem certeza sobre o que estamos falando, então este artigo veio em boa hora.

Esse recurso de gestão tem a capacidade de posicionar melhor a sua empresa no mercado e ainda reduzir custos nas operações.

Parece irreal? Fique tranquilo, não é nada de outro mundo e, uma vez realizado, você verá resultados muito reais. 

Para te ajudar neste assunto, abaixo explicamos como funciona, o que é o planejamento logístico, exemplos de como aplicá-lo na sua empresa e seus benefícios. Acompanhe!

O que é planejamento logístico?

O planejamento logístico serve para identificar quais são as variáveis dentro da sua transportadora que afetam as suas atividades de transporte e armazenamento.

Aliás, não é só necessário descobrir o que afeta as suas atividades, mas também como afeta, quais são as consequências disso e, claro, quem é responsável por isto.

Para realizar essa tarefa, é primordial fazer uma cronologia de todas as etapas envolvidas na entrega da mercadoria, desde o contato inicial com o cliente até o produto chegar à sua porta, desenhando o fluxo de todos esses movimentos e setores envolvidos.

Uma vez compreendidas as variáveis que afetam as suas operações, então chega a hora de pensar em maneiras de controlá-las para otimizar o seu trabalho.

O objetivo do planejamento logístico nessa etapa é possibilitar a criação de novos processos de trabalho para auxiliar na redução de custos e no aumento de produtividade na sua transportadora.

Em última instância, o planejamento logístico conseguiria até mesmo aumentar a satisfação dos clientes com a sua empresa, já que seria reduzido o coeficiente de erros nas entregas e o serviço ofereceria mais rapidez e segurança na entrega das mercadorias.

Porém, para que o planejamento logístico funcione à perfeição, é imprescindível contar com um trabalho muito próximo dos demais setores da sua transportadora.

Como a entrega das mercadorias é diretamente afetada pela forma como o galpão de armazenamento está organizado ou pelo que é acordado pelo setor comercial, por exemplo, garantir a eficiência do processo passa por trabalhar da forma mais harmônica possível com os demais setores, podendo ser necessário unificar ferramentas e processos.

Os resultados finais de um planejamento logístico bem executado é uma empresa que trabalha sinergicamente, uma transportadora mais competitiva no mercado e um cliente mais satisfeito.

Planejamento logístico: exemplos de como aplicar nas suas operações

Comece pelo começo

As mercadorias não aparecem na sua empresa para serem transportadas vindas de lugar nenhum. É preciso entender como elas chegam até você e como são tratadas até que o transporte aconteça.

Por isso, comecemos pelas perguntas básicas: quais são as matérias-primas necessárias para que o seu trabalho funcione? Com que frequência elas são compradas? Em que quantidade? Onde são armazenadas? Esse é o primeiro passo que não pode falhar para que as suas operações funcionem.

E as mercadorias que chegam para serem transportadas, quem determina quando e quanto será recebido? Onde elas são armazenadas? Como é feita a comunicação dessa chegada para que o time do galpão esteja preparado para essa atividade?

Um armazenamento bem feito é fundamental para agilizar a rotina da equipe de carga, portanto, adicione esses pontos no seu planejamento logístico. 

Para sanar essas dúvidas e saber como melhorar a logística no seu galpão de armazenamento, uma boa ideia é estudar o nosso artigo sobre inventário de estoque.

Pense no transporte como um todo

Qualquer problema que acontece com um transporte impacta diretamente na maneira como a sua transportadora é percebida pelo cliente. P

or isso, o planejamento logístico precisa esmiuçar cada etapa desse momento das suas atividades, de forma a garantir que todos os possíveis erros estejam cobertos.

Um dano à mercadoria, por exemplo, pode ser causado pela direção imprudente do motorista, pela carga incorreta no caminhão ou pelo uso da embalagem inapropriada.

Já um atraso na entrega pode ser fruto de um planejamento de rotas longe do ideal, uma falha em acompanhar um problema na estrada e agir prontamente, um erro com a documentação da carga que fez o caminhão ficar preso na vigilância rodoviária ou apenas por um atraso no momento da carga do caminhão.

Por isso, é importante se perguntar: o que acontece primeiro? E em seguida, qual é o próximo passo? E, a cada etapa do caminho, encontrar os responsáveis e levantar os processos aplicados.

Por exemplo, o seu planejamento logístico deve averiguar quem faz a separação das mercadorias no galpão, como elas são dispostas para que sejam embarcadas, em que momento são embaladas, por quem, com que material e seguindo quais critérios.

Em seguida, avalie quem emite a documentação que irá acompanhar a carga, seguindo quais rotinas e quem faz a sua conferência, sob que condições.

Veja como é elaborada a rota da entrega, seguindo quais requisitos. Pergunte-se também quais são os critérios para a distribuição da carga no caminhão e quem é responsável por esta etapa.

E, claro, averigue como funciona a comunicação de todas essas informações entre equipes distintas.

São muitos passos, mas apenas uma investigação profunda dessa rotina dará uma visão realista de onde estão os maiores problemas a serem resolvidos.

Não se furte de empregar uma tecnologia que integre as áreas

No início do artigo, falamos sobre como um dos objetivos do planejamento logístico é possibilitar a redução de custos e a otimização de processos para o aumento da produtividade na sua empresa, certo? 

Então, imagine o seguinte cenário: um funcionário do comercial cria no sistema uma nova demanda que chegou à sua transportadora.

Ele emite um documento em uma plataforma, faz o download do arquivo e envia por e-mail ou armazena em uma rede da empresa para outro funcionário, que fica no galpão de armazenamento.

Chegando no galpão, o colaborador de lá faz o download do arquivo recebido e registra essa demanda no sistema de organização de estoque.

Assim, a equipe sabe quando chegará essa carga e onde deverá ser organizada.

Nessa situação, você tem dois funcionários usando plataformas distintas, que não conversam entre si.

Por isso, é preciso uma comunicação extra entre eles (possivelmente por e-mail) para avisar da nova demanda.

Todos acabam tendo que adicionar novos passos na sua rotina para interagir com outros setores.

Esse não é o cenário ideal para otimizar as suas operações, não é mesmo?

O ideal é que todos usem a mesma plataforma ou, pelo menos, plataformas que trabalhem integradas, de forma que as novas demandas surjam direto no sistema e não seja necessário um trabalho extra para se comunicar com outro colaborador.

Além disso, a compra de diversas ferramentas para poucos utilizadores geralmente sai mais cara do que pagar um grande pacote para um único fornecedor de software.

Ou seja, integrar a tecnologia das suas equipes ainda tem uma contrapartida financeira, além do tempo economizado no dia a dia.

Estabeleça metas e métricas para a sua atividade

Uma vez que o planejamento logístico já identificou quais são os pontos problemáticos da sua atividade e definiu estratégias para solucioná-los, não pare por aí.

Faça medições na sequência para verificar se as novas estratégias empregadas estão trazendo resultados de fato ou se precisam ser ajustadas.

Com novos processos em funcionamento, estabeleça metas (alcançáveis, é claro!) para manter a sua empresa sempre na melhor produtividade possível. Isso faz com que os funcionários estejam constantemente buscando dar o seu melhor para atingir o número desejado.

Pronto para começar o planejamento logístico da sua transportadora?